Lisboa: Museu do Aljube – Resistência e Liberdade

Lisboa: Museu do Aljube - Resistência e Liberdade
 

Conheça o Museu do Aljube, um museu histórico localizado em uma antiga prisão política no centro de Lisboa que procura valorizar as memórias de resistência e evidenciar os principais traços do regime ditatorial português.

MUSEU DO ALJUBE – RESISTÊNCIA E LIBERDADE

Museu do Aljube – Resistência e Liberdade é um museu localizado no centro de Lisboa que é que tem como objetivo relembrar a luta e resistência às atrocidades ocorridas durante o período ditatorial em Portugal (1926-1974), ressaltando a importância da liberdade e da democracia. Construído em homenagem às vítimas da prisão e da tortura, o museu foi inaugurado em 25 de abril de 2015, exatamente 41 anos após a Revolução dos Cravos, evento histórico que colocou fim a ditadura de Salazar no país, período conhecido como Estado Novo (1933–1974).

Lisboa: Museu do Aljube - Resistência e Liberdade
Museu do Aljube
Lisboa: Museu do Aljube - Resistência e Liberdade
Corredores do museu

O museu está instalado na antiga Cadeia do Aljube, que foi uma prisão que recebeu presos políticos a partir de 1928 até o seu fechamento em 1965. A Cadeia do Aljube e, em especial, os seus “curros” (celas estreitas), provocaram inúmeros protestos nacionais e internacionais e seu fechamento foi pedido por ter deficientes condições de segurança, salubridade e higiene, por possuir um número limitado de celas para isolamento, necessárias à investigação. Posteriormente, o local recebeu presos comuns, foi utilizado para serviços do Ministério da Justiça, até se tornar um museu no século XXI.

Lisboa: Museu do Aljube - Resistência e Liberdade

Lisboa: Museu do Aljube - Resistência e Liberdade

O objetivo do museu é deixar fresca na memória coletiva os acontecimentos que levaram à ditadura, bem como os absurdos cometidos pelo regime, envolvendo coação, abusos de diversos tipos, além de torturas físicas e psicológicas. Assim, por meio deste importante museu, esses acontecimentos jamais serão esquecidos, com o objetivo de que não sejam repetidos, tendo sempre em mente que “o futuro cria-se no presente com a memória do passado“.

Lisboa: Museu do Aljube - Resistência e Liberdade
25 de abril de 1974 marca o fim de mais de 4 décadas da ditadura portuguesa

CURIOSIDADE! Aljube é uma palavra de origem árabe, significa poço e é também utilizada para se referir prisão e, especialmente, prisão obscura e profunda, praticamente um calabouço.

COMO ESTÁ DIVIDIDO O MUSEU DO ALJUBE

O Museu do Aljube está dividido em 6 pisos. O Piso 0 é o térreo, onde fica a entrada do museu e exposições temporárias. A exposição principal do museu fica distribuída entre o Piso 1, Piso 2 e Piso 3. O Piso 4 também abriga exposições temporárias e um teatro/auditório utilizado para eventos. O Piso -1 fica no subsolo, sendo acessado pelo Piso 0, e exibe o resultado de escavações arqueológicas feitas no local entre 2004 e 2005. Abaixo, confira mais detalhes sobre o que encontrar no museu:

PISO 0

A porta principal da antiga Cadeia do Aljube está atualmente fechada, embora conservada como evidência do antigo estabelecimento prisional. Neste piso ficam:

  • Bilheteria e Loja do Museu
  • História Patrimonial do Aljube
  • Exposições Temporárias
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Recepção, bilheteria e loja do museu

A exposição permanente principal do museu, localizada nos Pisos 1, 2 e 3, procura contar toda a história regime ditatorial português (1926-1974), os seus meios de opressão sobre a população (através da censura e repressão política), as formas de residência ao regime autoritário e até mesmo a importância da luta anticolonial que levou militares de pessoas a derrubar o regime, em 1974.

PISO 1

O Piso 1 abriga uma exposição que explica com texto e imagens a ascensão e queda do regime fascista português através de um resumo da história de Portugal entre 1890 e 1976. Aqui é possível ver exemplos do que foi a censura sobre os meios de comunicação social, livros e música durante a ditadura. Há referências sobre o lema do regime de Salazar “Deus, Pátria e Família” e a importância da imprensa clandestina, como único veículo de informação sobre o que realmente se passava no país e no mundo. Todos aqueles que não se submetiam ao regime eram vistos e tratados como suspeitos pela polícia política e dos tribunais políticos, os quais agiam de forma totalmente parcial. A exposição está dividida da seguinte forma:

  • Ascensão e queda dos fascismos
  • Portugal 1890-1976
  • “Certezas Indiscutíveis”
  • Imprensa Clandestina
  • Clandestinidade
  • Polícias e Tribunais Políticos
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Linha do tempo: ascensão e queda dos fascismos
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Censura durante a ditadura
Lisboa: Museu do Aljube - Resistência e Liberdade
Censura nos meios de comunicação: jornais, revistas, rádio e televisão
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Exibição sobre a Polícia Política
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Tribunais políticos julgavam à revelia
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Documentos comprovam a censura da polícia política

PISO 2

No Piso 2, as exposições mostram os modos de organização da resistência antifascista, com milhares de homens e mulheres que se dedicaram ao combate contra este regime antidemocrático. Além disso, é mostrado como o poder policial e judicial da ditadura agia a partir do momento em que alguém era detido. Os interrogatórios eram feitos de forma violeta, com pressão psicológica e utilização corriqueira de formas e instrumentos de tortura (há, inclusive, documentos mostrando a participação da agência americana CIA orientando os procedimentos). Campos de concentração foram instalados em diferentes colônias portuguesas, para onde era frequente a deportação arbitrária de presos. O final da exposição deste andar reproduz celas super pequenas e insalubres utilizadas para isolamento prolongado com caráter disciplinar, comuns na Cadeia do Aljube, onde o museu está instalado. A exposição deste andar está dividida da seguinte maneira:

  • Resistir
  • Circuito prisional
  • Identificação
  • Interrogatórios e Tortura
  • Prisões e Campos de Concentração
  • Resistir nas cadeias
  • Isolamento nos “curros”
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Circuito prisional
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Os corredores trazem o ambiente daquela terrível época
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Formas de tortura física utilizadas
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Apoio de serviços estrangeiros
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Documento da CIA sobre técnicas de interrogatórios
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Imprensa prisional
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Curros (ou gavetas) eram celas prisionais muito pequenas

PISO 3

O Piso 3 abriga uma exposição com foco no colonialismo, nas lutas de libertação dos povos coloniais e na guerra colonial. Chega-se ao fatídico 25 de abril de 1974, quando o regime ditatorial de Salazar, finalmente, chega ou fim. O término da exposição fala da importância da conservação da memória coletiva sobre os eventos que ocorreram nessas mais de quatro décadas de ditadura. Um povo com memória não permitirá que as atrocidades do passado se repitam. É nesse contexto que se destaca a importância do Museu do Aljube, tanto na preservação como na divulgação da memória histórica do período através de exposições culturais que resgatam a cultura e a cidadania do povo português. A exposição está dividida da seguinte forma:

  • Colonialismo e luta anticolonial
  • Os que ficaram pelo caminho
  • Liberdade 25 de Abril de 1974
  • Memória e Cidadania

Este andar também abriga outros dois espaços: o Centro de Documentação e a Área Administrativa do museu.

Lisboa: Museu do Aljube - Resistência e Liberdade
Exposição sobre o colonialismo português
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Democracia: aguardada durante 41 anos de ditadura
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Área que exibe informações e um video sobre o fatídico dia 25 de abril de 1974

PISO 4

  • Auditório
  • Exposições Temporárias
Lisboa: Museu do Aljube - Resistência e Liberdade
Acesso para as exposições temporárias e auditório do Piso 4

PISO -1

  • Vestígios arqueológicos

É possível ver parte das estruturas do edifício onde está alojado o Museu e uma mostra arqueológica levantada do seu subsolo.

Lisboa: Museu do Aljube - Resistência e Liberdade
Piso -1 com restos arqueológicos

VALE A PENA VISITAR O MUSEU DO ALJUBE?

Vale muito a pena! Se você é apaixonado por história, vai adorar mergulhar nos detalhes sobre o sistema ditatorial português. Se você é apenas um curioso, também vai adorar aprender sobre o assunto. Se você não é apaixonado por história e nem curioso, mesmo assim vale a pena ir porque este museu retrata um dos períodos mais importantes e mais tristes da história portuguesa. E, para que os erros do passado não se repitam, precisamos aprender com eles, afinal: “Sem memória, não há futuro”.

Lisboa: Museu do Aljube - Resistência e Liberdade

COMO CHEGAR AO MUSEU DO ALJUBE

Devido à sua localização muito central, bem próxima a Sé de Lisboa, é muito fácil chegar ao Museu do Aljube. Aconselhamos fazer uma simulação no Google Maps antes de ir para analisar a melhor opção de transporte público, entre as quais:

  • Elétrico (bonde elétrico): 12 e 28
  • Autocarro (ônibus): 737
  • Metro: Estações Baixa Chiado (Linhas verde e azul) e Terreiro do Paço (Linha azul)

INFORMAÇÕES IMPORTANTES

Museu do Aljube – Resistência e Liberdade
  • Endereço: R. Augusto Rosa 42, 1100-059 Lisboa, Portugal
  • Horários: de terça a domingo de 10h às 18h | fechado às segundas-feiras
  • Entrada: 3€ | 1,50€ de 13 a 25 anos | 2,60€ maiores de 65 anos | gratuita para crianças até 12 anos

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